Eu quero chocolate!




Antônio Taveira

A música veio à mente, a boca começou a salivar. Só vou sossegar quando sentir aquele sabor. VÍCIO, eu sei, mas é mais forte do que eu. Esse desejo incontrolável quando bate, começa uma caça desesperada pela casa, e nada.

Angústia! Nenhuma barrinha, nenhum quadradinho. Terei que sair para comprar. Mas e a chuva, parece que está desabando o mundo, mas não quero saber, pego o carro e vou ao Shopping.

Meu Deus, isso é doença? Síndrome de abstinência? Compulsão? Preciso procurar um médico? Um psicólogo?

Não, não, não! É apenas uma vontade forte, que passa assim que sorver uma bela barra de chocolate. E essa vontade não tenho todo dia. É, não tenho problemas, não.

Acredito que existam pessoas viciadas, compulsivas, que passam mal sem chocolate, talvez isso já seja uma doença, e todos males que advém dessa possessão: diabetes, colesterol alto, obesidade.

Espero que essas pessoas se tratem; afinal, o chocolate é somente um dos prazeres da vida, temos tantos outros, como... Depois eu penso nisso, cheguei.

Agora, meu foco é minha loja preferida, vou tomar um café, e já ganho uma gotinha de chocolate e saboreio uma ou umas barrinhas!

A loja está bem cheia. Todos são viciados como eu? Aquela mulher de branco procura com avidez por algum formato; aquela outra com aquele vestido gozado, que vontade hein? As crianças mexem em todos os produtos para saber qual escolher. E olha aquele homem! Está “devorando” uma Nhá Benta com os olhos esbugalhados, e já está um pouco gordinho; perto dele, ainda estou bem.

Já tomei meu café, comi minha gotinha acompanhada de duas barrinhas de chocolate e estou me sentindo muito bem. Vou embora, mas antes vou dar uma passada no Supermercado e comprar umas barras para deixar em casa, vai que vício ataca novamente!

Obs.: 17º texto a partir do curso "Como escrever crônicas."

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