tag:blogger.com,1999:blog-4433712634824892213.post3194213848408430800..comments2023-09-21T12:30:37.278-03:00Comments on Conversas e Distrações: 20 dias em CubaMarcus Vinicius Batistahttp://www.blogger.com/profile/04617832464338308222noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-4433712634824892213.post-46828881355650891112015-01-26T16:24:35.060-02:002015-01-26T16:24:35.060-02:00Ricardo, feliz post. Estive em Cuba há dois anos p...Ricardo, feliz post. Estive em Cuba há dois anos para fazer meu trabalho de conclusão para a minha graduação em jornalismo. Visitei mais de 20 cidades com o intuito de entender a relação do povo com os veículos de comunicação locais. Na verdade, o trabalho, que resultou numa monografia (com ares de livro reportagem), tinha o objetivo de desvendar a comunicação (jornalística ou não) cubana e saber, de fato, se as pessoas tinham acesso à informação em uma realidade um "pouco mais passível" de ser manipulada.<br /><br />Fui só até a ilha. Passei pouco mais de 20 dias. Procurei chegar lá livre de qualquer preconceito. Conheci diversas pessoas e tive a oportunidade de entrevistar outras tantas, desde meros desconhecidos até polêmicos líderes opositores (na lista também está a famosa blogueira Yoanni Sanchez e o político e jornalista Tubal Hernández, que atua como uma espécie de diretor de imprensa do Governo). Fui surpreendido dia após a dia não só pelas respostas que escutava, mas também pelo modo em que a vida transcorre nesse país. <br /><br />Sem querer me prolongar, digo que fiquei contente ao ler o que você escreveu. Tive a mesma impressão. E nas minhas reflexões, atrevi-me a acreditar (e não concluir!) que o cubano, por essência, é mais feliz do que qualquer outro povo (pelo menos entre os quais eu já visitei). Sabe aquele conceito de felicidade que lemos no dicionário? Então, eles o praticam na realidade da maneira mais pura e simples - muito mais do que possamos acreditar. Talvez por isso os problemas quanto à violência não existam por lá. Brecha mais do que suficiente para destacar os feitos na saúde e educação.<br /><br />Minha experiência ultrapassou o contexto jornalístico e isso foi bastante interessante. Ao voltar, não pedi a oportunidade de fazer o convite e estimular os interessados a visitarem essa tão misteriosa ilha. Mais do que um bom passeio ou um bom campo de estudo, é uma experiência social que precisa ser sentida. Mas logo alerto: vá desprendido de valores pessoais e preconceitos (é difícil, eu sei, mas tente!) para poder, justamente, apreender tudo que é possível e, assim, fazer seu próprio julgamento. Valerá muito a pena. <br /><br />Ah, e sobre o meu trabalho, tive sucesso (ufa!). E as respostas... Se eles têm acesso à ampla informação? Sim. Se eles podem ver de tudo na internet? Sim. Se eles podem questionar e questionar? Sim. Se há repressão por parte do Governo? Sim, também. Enfim, mas, claro, como uma produção acadêmica tornou-se inconclusivo, uma vez que as transformações nesse lugar, inevitavelmente, estão só começando. <br /><br />Um abraço, Ricardo. Outro para você, Marcão. Zé Claudio Pimentelnoreply@blogger.com