Candidata fala em PAC da educação

Matéria publicada no jornal Boqueirão (Santos/SP), em 04 de julho de 2010, edição n.796, página 06

A educação é um tema recorrente no discurso da candidata do PV à presidência, Marina Silva, o que soa natural para uma professora de formação. Na visita a Santos, ela voltou a repetir que, se eleita, pretende aumentar os investimentos no setor. A promessa é subir o índice de recursos de 4% para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro ano de governo. No final do mandato, os investimentos seriam da ordem de 10% do PIB.



O problema é que a candidata não explicou como pretende efetuar a mudança. Ela justificou que ainda prepara, com sua equipe, o programa de governo.

Para Marina Silva, o Brasil vive uma crise de mão-de-obra. “Estamos à beira de um apagão de recursos humanos”. O argumento vale, inclusive, para o segmento de petróleo, a galinha dos ovos de ouro no litoral paulista.

A candidata explica que a educação é parte do antídoto para um modelo ultrapassado de desenvolvimento econômico, que ela resume em “crescer o bolo para depois dividi-lo”, frase com origem na ditadura militar. “Havia uma visão desenvolvimento linear. Hoje, a realidade histórica é diferente. A Terra perdeu sua capacidade de regeneração em 30%. Estamos no vermelho”.

Como solução, Marina propõe um novo PAC, com a diferença de que a letra C seria de conhecimento, e não de crescimento. “Devemos ter a adequada mediação entre a economia de mercado e o papel do Estado.”

A senadora licenciada defende que desenvolver o país passa pela reformulação do olhar sobre a educação. “Temos respostas técnicas para a maior parte dos problemas. Mas é preciso uma forte base de conhecimento. Só se faz isso com compromisso ético a serviço da técnica e do conhecimento”.

Crédito da foto: Luiz Nascimento

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